segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Onde o amor próprio mora.

Nesse período de quase 60 dias off e fora da área de cobertura estive "colocando ordem no galinheiro". Fiz o que tinha que ser feito doa a quem doer (inclusive a mim mesma). 
Ouvi muitas histórias e reparei que 2011 foi um ano de limpeza geral e pesada, no bom estilo Multilimpadores Alvejantes. Acredite ou não... mas parece que a energia de varrer a sujeira para fora de casa imperou neste ano. Faxina é bom mas é ruim, por mais que gostem... é chato... colocar tudo para cima, aquele caos para depois acomodar tudo no seu devido lugar. Depois que tudo se ajeita vem aquela sensação de conforto e leveza... mas até lá... é pauleira!
Percebi que muitas separações aconteceram neste ano, incrível... mas cada história que se arrastava por tantos anos, e justamente em 2011 chegaram no ponto final. Términos das mais diversas formas: por querer e sem querer. Ouvi relatos de pessoas que passaram por todo o tipo de casamento: longos, curtos, mansos, conturbados... mas o denominador comum unânime foi que independente do amor e do sentimento pelo parceiro, precisavam resgatar o amor próprio. Quando me refiro a casamento... não é necessariamente ligado à relação formal, com pompa, igreja e aliança na mão esquerda. CASAMENTO é todo pacto selado de dedicação ao outro, seja velado ou declarado... e aí vai uma extensa categoria: namorados, esposos, amantes, namoridos, etc, etc, etc. Quem tem sabe e quem somos nós para julgar em que momento virou ou desvirou CASAMENTO.... sejamos democráticos e menos hipócritas para aceitar as inúmeras formas de CASAR-SE. A amante que espera é tão casada quanto a esposa "real". Quem esteve dos dois lados do muro não ousa duvidar do status.
Enfim... há casamentos que perduram e fico imensamente feliz ao ver relações superarem obstáculos e testemunharem a passagem de muitos anos. Mesmo assim, percebo que além de toda receita de bolo que conhecemos para fazer uma relação sólida prosperar (amor, cuidado, amizade, tolerância...) NUNCA deve faltar o AMOR PRÓPRIO, pois este é o fermento do bolo. Sem amor próprio, mesmo com abundância de todos os ingredientes, o bolo embatuma... e aí, amiguinhos... fica intragável mesmo com ingredientes da mais alta qualidade! Ou pior... desce na goela e  mais cedo ou mais tarde embucha!!
É  emocionante ver casais de amigos encontrando curvas nos obstáculos para seguirem suas caminhadas. Recentemente fui numa cerimônia de Bodas de Prata e me emocionei muito, imaginei a passagem do tempo de um casal que se casou muito jovem e superou muita coisa com parceria e amor. Devem ter sido desacreditados por muitos durante vários capítulos de sua riquíssima história, mas perseveraram ... não por teimosia, nem por conveniência. Também nunca colocaram o casamento como algo indissolúvel, mas estavam juntos por que não jogaram no colo do outro a responsabilidade por sua própria felicidade. Hoje vivemos num mundo em que casamentos, amores e paixões são facilmente construídos e desconstruídos, onde dizer "eu te amo" ficou tão fácil, apesar de durar até a página 9 ou 10.
Defendo a instituição casamento, não pela religiosidade, mas por que tô com nojinho desse efeito pipoca da humanidade: não deu, pula para outra, não deu de novo, pula de novo para outra... e vai levando uma bagagem de imaturidade na mochila que não se resolve nunca. Inúmeras relações de um único capítulo erroneamente rotuladas de 'modernas' no equivocado estilo 'bola pra frente'.
Vejo meus pais juntos há mais de 50 anos com suas diferenças e suas implicâncias... e quando começo a questionar se de fato ainda se amam ou virou acomodação, encontro alguém que me ralata terem encontrado-os caminhando juntos numa manhã no calçadão de Ipanema. Bem... é isso aí... simples assim... de fato é vida como ela é, a concretização do amor ao próximo e amor próprio.
Tenho colocado limites de aproximação àqueles que queiram sugar algo que possa comprometer meu amor próprio. Pois é... ele foi devastado e desde o momento que coloquei uma cerca de proteção para me recompor, TODOS que por ventura tenham segundas intenções se afastaram. No início estranhei vários afastamentos que nem tinha percebido que poderiam ser nocivos, mas enfim... a regra é para todos e tenho agradecido por tudo mesmo sem entender muito bem o porquê, AINDA....
Como dizia Clarice Lispector "Tenho meus limites, o primeiro deles é o amor próprio".
Fica o vídeo de uma mulher que tem muito amor próprio: Adele. Deixou sua voz brilhar e imperar num mundo um tanto quanto fútil e sem amor próprio.

sábado, 1 de outubro de 2011

Pretensão Feminina

Pois eu sou defensora número 1 da força e soberania feminina e por isso mesmo e por ser contra radicalismos sinto-me muito à  vontade de indicar o PIOR dos piores defeitos das fêmeas: mulher é um bichinho excessivamente pretensioso.
Tenho convivido e ouvido histórias de vida de mulheres totalmente diferentes em estilos de vida, idade, modelos de educação, etc. Mas em um item todas convergem - e isto me inclui, obviamnete- a incorrigível mania de achar que pode mudar o parceiro! Esse cacuete de achar que certamente com ela vai ser diferente e que vai saber conduzir com mais maestria os erros e fraquezas do parceiro em suas relações anteriores.
POR QUE, MEU DEUS!? Isso é competição intersexual, e aí vai mais um defeito... mulher é competitiva demais quando o assunto é se sentir superior e mais competente que a "ex" ou uma "outra" qualquer.
Tudo bem... eu bem sei que o mercado de homens disponíveis tá em baixa e o investimento em ações "pró-homens-interessantes" anda cada vez mais down nas cotações de todas as moedas no mundo. Mas daí a achar que é mais poderosa pelos motivos que ouço por aí e lançar estratégias espertas para conseguir o que quer como se fosse um plano de guerra, no way.
Tenho visto muitos casamentos e relacionamentos ruirem pelo mesmo motivo. Todas relatam que mesmo apaixonadérrimas acreditavam que o que as incomodavam no parceiro poderia ser modificado ao longo dos anos. Inacreditavelmente, esta mesma pedrinha no sapato que ilusioramente pensou que poderia sair dali se transformou num abismo para a inevitável separação. Sejamos sinceras... isso é petulância e pretensão feminina! Sua mãe não conseguiu modificar sua essência e suas manias, por que você acha que tem esse poder sobre outro ou sobre o parceiro??? hein hein hein???
Vou mais além... toda  mulher sabe que emendar relacionamentos é um tiro no pé. É como escrever por cima de páginas de um livro: histórias sobrepostas da qual fica impossível ler o que está por cima ou por baixo. Então por que tem tanta mulher achando que podem dar conta de uma bronca destas? Só pode ser pretensão!! Petulância ou desespero achar que com você será diferente!! Como querer que um bebê de colo caminhe... não há como. Existem processos quase fisiológicos para o encerramento de capítulos e início de novos. O livro "Perdas Necessárias" de Judith Viorst relata muito bem esta transição.
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Queridas mulheres desbravadoras
Baixem um pouco a bola, pelo bem de vossos corações! Ninguém muda ninguém! As pessoas mudam por vontade própria e não por sua vontade. Nem Deus modifica seus filhos e por isso criou o livre-arbítrio, que raio de idéia a faz pensar que você tem esse poder?? Se o cara é paradão, vai continuar assim... se é mulherengo, mulherengo coninuará. O pacote é fechado, pague o preço ou caia fora.
Homens recém saídos de relacionamentos têm uma forte tendência a se vitimizarem e por isso investimentos deste nível são de alto risco. Se vai entrar, coloque os pés colados no chão e não acredite em tudo que ouve, use um super filtro e mantenha o botão da humildade permanentemente clicado. Você NÃO é mulher-maravilha, a "ex" NÃO devia ser o capeta em pessoa e ele NÃO é o super-homem cheio de caráter que não foi devidamente valorizado. Dispa-se de tanta fantasia, de tanta vaidade... não existem inocentes, culpados e você não é salvadora.
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Depois do sermão, as doces palavras do mestre Quintana que era um sábio despretensioso!

"SEM PRETENSÃO

Não tenho
A pretensão
De que todas
As pessoas que gosto,
Gostem de mim.

Nem que eu faça
A falta que elas fazem.
O importante para mim
É saber que eu,

Em algum momento,
Fui insubstituível...
E que esse momento será inesquecível!
Só quero que meu sentimento
Seja valorizado!

Quero um dia,
Poder dizer às
Pessoas que nada
Foi em vão
Que o amor existe
Que vale à pena se
Doar às amizades
Às pessoas...
Que a vida
É bela sim!
E que eu
Sempre dei o
Melhor de mim.
E que valeu à pena!

Mário Quintana"

domingo, 4 de setembro de 2011

Para não perder inspiração

Nesta louca loucura da vida até a inspiração fugiu de mim. Dona culpa e sra. responsabilidade invadem minha consciência diariamente: não me sentia competente nem para redigir um texto coloquial, uma crônica do cotidiano... imagina com as outras atribuições da vida.
Geralmente, a inspiração vem da permissão de pensamentos penetrarem a mente e a partir daí construir um raciocínio. Mas entramos num ritmo tão frenético que sequer permitimos construir este raciocínio... as idéias entram e saem desalinhadas e fica o desperdício de vida desproporcionalmente corrida passando pela gente impedindo a percepçao da essência pela qual estamos aqui. Veja bem, quando me refiro a inspiração, não é somente a inspiração de escrever um blog, mas de TUDO na vida. Tudo requer inspiração para ser bem vivido, bem semeado e bem colhido.
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Assisti uma formatura e talvez pelos momentos pessoais que vivo, me emocionei de maneira diferente e com um enfoque distinto das outras colações de grau  testemunhadas até hoje. Vi jovens sentindo os mesmos sentimentos que vivi há 12 anos atrás, com a mesma visão romântica e otimista. É um momento mágico e deve ser preservado deste jeito: romântico e otimista.
(Ham, me senti uma senhora de meia idade nesta referência, mas vamos seguindo...!)
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Lágrimas incontroláveis brotavam quando vi a protocolar homenagem dos formandos aos pais e familiares, e ali mais uma mágica aconteceu. Neste momento vi que aquela Vanessa tinha realmente ficado bem para trás. Antes me emocionava como filha homenageando meus pais, hoje eu estava lá emocionada por motivo contrário. Imaginei o dia que minha filha estará lá recebendo seu diploma (que até o momento ela insiste em seguir os meus passos e já dá os primeiros sinais de real vocação... "who knows?"). Me vi sentada na primeira fila como mãe coruja de formando recebendo a homenagem daqueles jovens com respectivos pais, aos que deram suporte para  o primeiro grande passo da vida adulta. Vi essa cena claramente durante a colação de grau e foi um instante de pura emoção.
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Aproveitando o clima, pela primeira vez mostrei para minha filha o video da minha formatura. Claro que ela não teve tanta paciência de ver a cerimônia, mas ficou encantada de me ver ali vestindo beca e canudo na mão,  já começou a sonhar com a vez dela. Revivi e me vi neste dia num discurso sobre avanços tecnológicos e uma "tal globalização" nas vésperas de um novo milênio e muito antes de se pensar em atentado de 11/09. Parece que foi ontem, mas já se passaram 12 anos e muita coisa aconteceu depois disto: casei, tive uma filha, mudei de rumo profissional, separei, sonhei e acordei, sigo caindo e levantando. Um tanto de romantismo e otimismo ficaram lá naquele 16 de Janeiro de 1999, outro tanto foi modificado no decorrer dos anos, mas a inspiração...? Não quero e não vou deixa-la nunca! A inspiração me tira do porão, me faz mostrar um video para minha filha e ensina-la que tudo isso dá muito trabalho, exige muita dedicação mas vale muito a pena.  Como tudo na vida, a conjunção de inspiração e transpiração.
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Por essa e outras, fico atenta para que na síndrome do coelho branco de Alice (muita pressa, sempre atrasada) eu não deixe apagar a brasa da inspiração existente na minha colação de grau. Que mesmo que a vida coloque armadilhas traiçoeiras no caminho, um pequeno sopro de inspiração acende um pouco da magia da juventude numa colação de grau impulsionando o futuro, independente da idade que terei, pois nos formamos em várias habilidades nos caminhos que percorremos.

p.s: A inspiração "coelho branco" é sabiamente citada no blog da Ali, vale a pena conferir! http://www.alinefontanella.com/2011/08/vida-de-coelho-branco.html

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

35040 horas

Domingo pela manhã recebi um sms no meu celular dizendo "Bom dia. A coluna da Martha Medeiros de hoje foi escrita para ti. Bj." Pois bem... fui atrás por que nunca duvidei do poder de Martha Medeiros captar sentimentos e experiências da minha vida! Há alguns meses estava tentando ler o livro "fora de mim", mas não consegui passar das primeiras 20 páginas. Não que o livro não seja excelente, mas é que os sentimentos e o realismo que ela descreve as cenas e a percepção de uma separação foram tão fiéis para não dizer telepáticas sobre o que senti e pensei que foi forte demais para seguir adiante. Talvez em outro momento retome esta leitura.
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A crônica entitulada '127 horas' faz analogia do filme homônimo com a metáfora da necessidade que cada um de nós tem que, em algum momento da vida, amputar um pedaço de nós para dar continuidade na vida: amores paralisantes ficam impreganados no nosso corpo e na nossa existência até se tornarem um pedaço de nós, e vai esmagando este pedaço até que resolvemos amputar a tal parte quando percebemos que, no final das contas, aquele pedaço não nos pertence mais, precisa ser estirpado.
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Tinha razão... mais uma vez Martha Medeiros ficou sabendo da minha luta e resolveu escrever a minha história. :)
Tenho lutado por uma amputação. Já me questionei muito do porquê ter esperado tanto para iniciar a cirurgia de excisão.
Sempre achei que a circulação iria voltar, o sangue correria nas artéria irrigando tecidos e músculos. Foram 35040 horas (talvez um pouco mais) esperando a revitalização, e sinceramente, por vezes eu tive certeza que a irrigação estava preservada, mesmo com alguns tendões e nervos esmagados... nada que muita fisioterapia e dedicação não resolvesse. Durante vários momentos percebi até que uma alavanca deslocava a pedra que esmagava este pedaço de mim, o que por alguns instantes (e repito... APENAS alguns instantes) enchia de sangue arterial rico e oxigenado, por consequência me enchia de esperança que a amputação não seria necessária.
Mas chegou o dia que nada mais poderia ser feito. A pedra rolou no vai e vem, esmagando de vez as últimas estruturas. A amputação foi a única solução e cedi ao procedimento: melhor perder um pedaço de mim do que intoxicar todo o meu corpo.
Se fui amiga ou inimiga do tempo nesta longa espera? Não sei. Prefiro pensar que foi preferível esperar e ter certeza do irremediável fim do que antecipar uma precipitada amputação por medo, covardia, orgulho. Não tive medo de andar por aí com um membro meio defeituoso e com cicatrizes aparentes, afinal a minha persistência e fé seriam a salvação. Hoje sei que só isso não é suficiente.
Fiz tudo sem anestesia, sem alucinógenos... sem fugas. No momento de recuperação, tenho passado pela "síndrome do membro fantasma": às vezes acordo com a certeza que aquele pedaço ainda está em mim, ou que ainda tenho que cuidar do membro enfermo - quase um ato reflexo, muitas noites sonhadas que a parte estava lá bem saudável em mim, às vezes até acreditei no reimplante. Mas tenho consciência que minha vida seguirá mais leve depois da amputação e me adaptarei sem este pedaço. Aos poucos a síndrome membro fantasma vai se dissipando em memórias até que nem me recorde mais como era minha vida com aquela parte.
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Metáforas à parte...
Não me sinto mais leve, ainda. Fiz o que tinha que ser feito, no momento que julguei mais adequado com os prognósticos que surgiam dia a dia.
Cada um tem seu tempo, e no meu tempo restou a certeza que não fui precipitada e a coragem chegou na hora que tinha que chegar. Tal como quando ouvimos de um médico que "todas as possibilidades foram tentadas". A insatisfação de ver que a pedra não se moveria sozinha, não me pertence mais... isso é libertador e eu estou me salvando.

Fica aqui a minha busca por novos cânions como encerra Martha na sua crônica "Cada um tem um cânion pelo qual se sente atraído. E um cânion do qual é preciso escapar."

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Hora da Poda

Tenho andado meio ausente, silenciosa, pensativa... Poucas vezes tantos sentimentos estiveram tão misturados, precisei me calar, o silêncio que vale ouro. Aos poucos saio do inferno astral. Já se passaram alguns dias do meu aniversário - cânceriana com ascendente em câncer com a lua em leão - muito se explica! Um perfil de obstinação emocional... quase passional. Mas ultimamente tenho dedicado muita obstinação em mim. A auto-obstinação é recomendável a todos sem contra indicações, mas preste atenção por que os véus que te cegavam ou embassavam sua visão começam a cair um a um!
Detalhes saltam aos olhos!
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Logo na primeira semana que me mudei, há mais de 6 anos, ganhei de minha mãe uma "árvore da felicidade". Segundo ela, precisa ser presenteada para dar sorte e consiste na união de uma árvore "macho" e outra "fêmea". Há quem acredite ou não... mas o fato é que em situações bem peculiares da minha vida a vi murchar, secar, quebrar galhos, brotar novos ramos...
Há dias tenho visto que ela andava meio murcha, talvez pelo frio... talvez por que eu tenha colocado pouca água, talvez por ter captado minha energias de inferno astral (yo no creo en las brujas pero que las hay, las hay!). Descuidei dela (e de mim), reguei a árvore e notei alguns galhos prestes a despencar e eu estava lá tentando reerguer e salvar os galhos da árvore. Num segundo de lucidez percebo que estava forçando a barra com a pobrezinha, exatamente como faço com a minha vida: uma persistência danada para manter ou salvar galhos quebrados! Neste instante  busquei a tesoura e libertei os galhos ressecados, dei uma boa regada, adubei e esperei. Hoje percebo que paciência, rega e podas permitiram a chegada de novos brotos, folhas mais verdes, mais fortes.
A minha arvorezinha da felicidade abriu meu olhos para o óbvio: PERSISTÊNCIA, DEDICAÇÃO e PACIÊNCIA.
Persisto em minhas regas periódicas, não posso afogar as raízes pelo excesso de água.
Alguns galhos precisam ser podados para que novos ramos surjam verdes e sadios.
Adubar a terra para fornecer o necessário para continuar evoluindo.
Paciência para que dia a dia se reestabeleça o equilíbrio perfeito - mudanças maduras exigem muita paciência para não colocar a carroça na frente dos bois.
Hoje, ao abrir a porta de casa olhei novamente para a árvore e ela estava revitalizada. Só faltou ela criar vida como em desenhos animados, dar uma piscadela e me dizer "hey, baby... era disto que precisávamos. Eu sou você, amanhã! ;)".


"Todo jardim começa com uma história de amor, antes que qualquer árvore seja plantada ou um lago construído é preciso que eles tenham nascido dentro da alma. Quem não planta jardim por dentro, não planta jardins por fora e nem passeia por eles."
Rubem Alves

domingo, 26 de junho de 2011

Caindo na Real...

Fui intimada a ler o livro "O Domínio do Amor". Acho meio chato estes livros de auto-ajuda...  os autores se colocam numa hierarquia de superioridade irritante querendo dizer que o que é de mais difícil nos conflitos da humanidade parece muito simples, óbvio e fácil. Me sinto a pulga do rato na minha rélis incompetência e incapaz colocar em prática as teóricas dicas no estilo cartilha para "dummys"... mas enfim, tenho aceitado boas dicas de coração aberto. O livro trata das relações de co-dependência a partir dos retratos criados a respeito do parceiro e do quanto isso gera falsas expectativas. Aliás, há um abismo separando a esperança e expectativa... esperança é ESPERAR o melhor incondicionalmente... já a EXPECTATIVA sempre condiciona uma reação pela sua ação e isso leva a ilusão de estarmos no controle e daí o tombo pode ser catastrófico ao colocar a razão da sua felicidade no colo do outro.  Neste contexto engloba-se a grande diferença entre amor e paixão. Aí vão alguns trechos importantes.
"O medo de não sermos bastante bons para alguém é o que nos obriga a criar uma imagem. Procuramos projetar esta imagem de acordo com o que os outros querem que sejamos, apenas para recebermos uma recompensa."
"Aprendemos a rejeitar nós mesmos em busca da perfeição. É por isso que rejeitamos nossa própria condição humana, é por isso que nunca merecemos ser felizes, é por isso que buscamos alguém que abuse de nós, alguém que nos castigue. Por causa de imagem de perfeição, buscamos a autopunição."
"A felicidade nunca vem de fora de nós. Se você der sua felicidade a alguém, você a perderá"



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Aliado a isto, juntei fragmentos do texto de Carpinejar sobre a "Mulher Perdigueira".
"Pior do que ciúme é a falta de ciúme. A indiferença é uma doença muito mais grave. Alguém que não está aí para o que faz ou não faz, para onde vai e quando volta. (...)Tão cansativa essa mania de ser impessoal no relacionamento, de ser controlado, de procurar terapia para conter a loucura. Loucura é não poder exercer a loucura. Permita que sua companhia seja temperamental, intensa, passional. As consequências são generosas. Ela suplicará o esquecimento com mimos, sexo e delicadeza. O perdão é sempre mais veemente do que o rancor. Repare que no início do namoro todos são descolados, independentes, autônomos. Aceitam ménage à trois, swing e Chatroulette. Não caia, é disfarce, medo puro de desagradar. (...) Com uma mulher ciumenta ao lado nunca estaremos isolados, nunca estaremos tristes, nunca estaremos feios. Deixo que ela mexa em meu Orkut, deixo que ela leia meus e-mails e chamadas no celular, deixo que ela cheire as minhas camisas, deixo que ela veja meus canhotos e confira os cartões de crédito (com sua revisão, nem dependo de contador, é improvável um engano nas faturas).Facilitarei o acesso às máquinas, devidamente abertas e ligadas em cima da mesa, e tomarei banho para não incomodar. No jantar, esclarecerei qualquer dúvida. Perigoso é não responder e deixar a namorada imaginar. Entre a realidade e sua fantasia, mil vezes contar o desnecessário. Estarei em lucro. Não faço nem metade do que ela pressentiu."
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Parecem pensamentos opostos, mas não são! Ambos falam de autenticidade, aceitação de ser responsável pelos seus atos e pela sua identidade.
Tem categorias por aí (e começo a perceber que esta categoria cada vez mais domina o mundo) que só conseguem viver nas superficialidades das 'paixonites', num esforço e uma energia absurda para não descontentar o outro, acabam montando um cenário, uma mentira. É difícil fazer o upgrade para o amor, pois neste nível as máscaras precisam cair e os parceiros se revelam tal como são... saem do pedestal. Se existiam expectativas em relação àquele parceiro, neste momento dá-se início a um show de horrores... imagine só... afinal de contas a expectativa está relacionada ao controle e à condição de suas ações. Neste nível, príncipes viram sapos (ou homens de carne e osso) e temos que aprender a aceitar que são assim sim, e daí? Da mesma forma que as doces princesas se transformam em "patroas" (ou mulheres de carne e osso), são patroas sim, e daí?!
E sabe o que é mais difícil? É o príncipe aceitar que a princesa "transformada em patroa" agora não o vê mais como príncipe: acabou o conto de fadas e começa a vida real; mesmo que esta possa ser mais interessante do que a clausura de um conto, pois contos têm dia e hora para acabar enquanto a vida real... aaaah... essa não tem dia nem hora marcada para terminar - que delícia! Mesmo que esteja tudo bem para ela e seja até libertador descobrir que o príncipe é sapo. Para ele é desesperador saber que não é mais príncipe.
Dá-se início a tal "idade do lobo": em busca de princesas que ainda estão na etapa de ver homens de carne  e osso como um fantasioso príncipe. A fase mulher loba é caracterizada por uma real identificação e libertação, revelando-se com suas arestas aparadas, pois já não sente mais necessidade de provar nada para ninguém. Ao contrário, a fase homem lobo se mostra justamente no oposto: o desespero de provar que ainda é príncipe, correndo o risco de ficar no eterno ciclo vicioso príncipe-sapo-príncipe... bem, não tão eterno assim... chega uma hora que a realidade (e o tempo) bate na porta e sapo não se transforma mais em príncipe (nem a pau, Juvenal)!
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Carpinejar foi sábio e em tempo descobriu que não é príncipe e por isso passou a aceitar que precisa é da patroa para se divertir... princesas passam a ser 'so boring'. Passa a tirar proveito do que via de regra é repulsivo nos contos de fadas.
O bom mesmo é gastarmos nossa energia numa baita surpresa para o seu 'amor sapo' ao final de um dia exaustivo de trabalho ou até numa louca reconciliação depois de um "pití" ridículo digno de 'patroas'... mulheres sempre tem "pitís ridículos", qualquer coisa além disto é propaganda enganosa, uma boa terapia apenas previne que sejam "pitís" públicos!  Se ele coacha, nem me importo... afinal sou perdigueira! Ufaaa, que alívio poder se aceitar sem vergonha...!!!! Acredito muito em transformações e mudanças internas, mas a essência não muda, então só resta assumir e administrar para ficar menos feio. Certa vez uma amiga psiquiatra me disse que segundo Nietzche, a humanidade se divide em duas categorias: os ciumentos e o mentirosos! Well, eu sou ciumenta!! Me libertei há algum tempo do ciúme controlador, mas o ciúme perdigueiro do Carpinejar (salvo os exageros, permissões poéticas e excentricidades de seu estilo próprio)... ah ... este não me larga e quer saber? Assumo e tiro proveito positivo dele.
Bom mesmo é ele rir e encarar positivamente com o meu lado perdigueira e eu relevo achando graça de suas coachadas nos dias chuvosos. Simples assim, sem fazer "tipo".  A aceitação e libertação estão lado a lado.
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Na real, patroas e sapos se divertem muito mais do que príncipes e princesas!

sábado, 28 de maio de 2011

Pane no Coelhinho.

Caso sinistro, mais uma comédia da vida privada!
Cenário: Estacionamento de um supermercado qualquer
Personagens: Duas amigas rindo da desgraça alheia, falando amenidades...

Ela: Amiga, vou indo, preciso dar uma passadinha na farmácia. Tô precisando de fita micropore bem fininha e não encontrei por aqui.
Eu: ah, colega. Se é emergência eu tenho aqui na minha bolsa. Sabe como é, sou teimosa com salto alto e às vezes massacra meus pés.
Ela: nãaaa, pode deixar aí. Preciso levar para casa, necessito dele para um reparo elétrico.
Eu: what? então nesse caso não seria uma fita isolante?
Ela: Não amiga. Equipamento muito delicado, pequeno.
Eu: Bom, mas então leva numa eletrônica. Micropore pode dar problema, hein.
Ela: Nãaaao, tenho certeza que dou um jeito sozinha, não é beeem elétrico tipo de tomada... é à pilha.

(ham ham.. comecei a desconfiar do teor da ansiedade dela e aí não resisti em cutuca-la mais um pouco. Perco o amigo mas não perco a piada.)

Eu: eletrônico pequeno à pilha que não pode ser levado numa eletrônica? Colegaaa, qual é, hein? Vai colocar micropore onde? Desembucha aí.
Ela: Táaaa, preciso consertar o meu rabbit vibrator importado último modelo. Paguei uma fortuna e agora está com mau contato, pô! Como é que vou levar num técnico em eletrônica? Vou dizer o que? "Senhor, por favor conserte este equipamento, não é o que o senhor está pensando, é um massageador de exclusivo uso fisioterapeutico para minha vózinha que sofre muito com bico de papagaio".

(pausa dramática, pois as lágrimas já corriam pelo canto do meu olho segurando uma gargalhada que com certeza duraria alguns minutos a ponto de me contorcer. Respiro fundo e olho fixamente dentro da minha bolsa evitando encara-la para controlar o riso. Imaginei o modelo com o momento de constatação do "mau contato" e fica quase impossível controlar a gargalhada, mas mantenho-me no prumo por algum tempo. Essa imagem aí é meramente ilustrativa, viu!)

Eu: Posso imaginar a dimensão do teu problema (juro que eu realmente estava me colocando no lugar dela e compreendendo a amplitude do drama embora ainda com a imensa vontade de gargalhar). Pega aqui minha fita micropore fininha, faço questão em contribuir com o reparo do teu brinquedo.

Nesse momento observo nela um semblante de alívio e felicidade.

Ela: Sério? Bah, depois quando encontrar uma fininha eu te reponho!!!
Eu: Fica fria, nem esquenta... afinal, amigo é para estas coisas, né?! (pensei... ai que estranho o contexto da frase!) Bem, espero que consiga conserta-lo e... divirta-se! (baaaah, mais estranho ainda!!!)

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Moral da História: estranho como amigo pode surgir e salvar situações bem inusitadas.
                            Nunca faça um investimento altíssimo neste tipo de brinquedo, pois pense que quando estragar, ou não haverá técnico especializado para o reparo ou você não terá cara de pau suficiente para solicitar conserto!

APOSTO QUE NINGUÉM NUNCA PENSOU NESTE ASSUNTO. IMAGINE VOCÊ COMO RESOLVERIA ESTA CRISE  SEM MANCHAR SUA REPUTAÇÃO.

p.s: a autora da cena peculiar me autorizou a publicação salvando seu anonimato sob pena de morte. Foi tão pitoresco que merecia ser compartilhado e ela concordou!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

How to save a life - 2


A música "How to Save a Life" postada anteriormente com o texto homônimo parecia ser uma uma intuição do que estava por vir, relendo as últimas postagens parei na letra e a percebi entrando como uma luva no presente. Por que quanto mais tentamos acertar, é que notamos o quão errados estamos:  fazer muita força para que algo dê certo, definitivamente é o primeiro sinal que está remando contra a maré. Quanto mais rodopiamos procurando resposta por onde erramos (Where did I go wrong), menos respostas aparecem e ficamos num vácuo até descobrir talvez você não consiga salvar uma vida (Had I Know How to Save a Life?) ... ou talvez não queira ser salvo por mim...  O fato é que eu, nem ninguém, está no controle.
Queridos leitores, não sei se vai adiantar dizer alguma coisa,  partindo do princípio que pouco ouvimos o que nossos pais nos orientam por que temos convicções a serem vividas e esgotadas. Mesmo assim, a minha dica é que:
Se a caminhada está cheia de atritos e penosa, observe se quem está soprando o vento contra não é "O CARA LÁ DE CIMA". Repara bem, pode ser que Ele esteja soprando o vento na outra direção com o propósito de te indicar o caminho mais suave e menos penoso. Você não precisa correr com vento contra, a não ser que realmente queira, mas assuma o risco de "morrer na praia", perder fôlego no decorrer do trajeto. Descobrir o aprendizado na DOR é uma opção NOSSA, Deus nunca preconiza isto aos seus filhos, mas infelizmente tem sido o único jeito de enxergarmos a verdade nua e crua.
Depois de tudo, nem perca tempo tentando entender o porquê. Foi por que tinha que ser, fim de estrada e aprendizado  para uns, repetência para outros... pegue seu diploma e Salve sua Própria Vida.



quarta-feira, 18 de maio de 2011

Novos caminhos

Pelos últimos posts, muitos puderam perceber que grandes movimentos estavam acontecendo. Textos profundos e complexos surgiram e felizmente percebi que muitos compartilhavam de experiências e sentimentos semelhantes. Hoje segue um dia dos mais doloridos e dos mais importantes na minha metamorfose e tenho certeza que mais uma vez muitos podem se identificar com o que vem nas próximas linhas.
Passei por uma das puxadas de tapete mais violentas dos últimos 36 anos de vida. Sempre fui e acho que ainda sou a canceriana legítima: mãezona de todos, mega romântica (já fiz jantar a luz de velas ao som de Fábio Jr., e por aí vai), super defensora da família, nunca desisto de nada, etc etc etc...  Como tal, sou fã e confiante na bondade do ser humano, imagine então das pessoa que amo. Vista como ingênua, burra e outros rótulos, nunca consegui corrigir este hábito. Fui para terapia para, entre outras coisas, aprender a colocar meus pés no chão e voar um pouco menos. Graças a Deus, funcionou... mantive meus pés no chão, mas infelizmente não perdi a fé no ser humano. Foi aí que "dei com os burros n´água".
Tive o maior do tombos. Destes de ficar com joelho, cotovelo e dedos ralados. Tô demolida, revendo um filme que não queria mais reprise. Terei que esperar as feridas cicatrizarem em cima de outras que já haviam fechado. Aí poderei seguir um novo caminho.
O que vejo, é que uma Vanessa ficou para trás e esta não voltará mais. A cada dia que passa a reconheço menos, passei 20 dos meus 36 anos (e isso significa mais da metade da minha vida) acreditando muitíssimo em uma grande mentira. Vivo o paradigma da satisfação de esgotar as minhas possibilidades num misto de um certo orgulho e tranqüilidade de ter feito sempre o caminho mais correto e honesto com uma profunda vergonha de mim mesma por ter sido tão tola e me deixado enganar. SIM, por que ninguém é totalmente vítima, somos responsáveis pelas nossas escolhas e assumo que fiz uma escolha para lá de errada, tive profunda fé em quem não tem fé em si mesmo. O calcanhar de Aquiles foi justamente este, tive mais fé em outro do que em mim mesma. Big Mistake.
Então, My Dear... estou juntando cacos, ainda nem sei como vai ser, só sei que vai ser... como disse, foram 20 anos pensando e sentindo de um jeito e de repente me vendo desejando muito escrever um novo script. E como boa canceriana persistente e audaz, hei de conseguir.
Vou me amar mais, tô precisando ser um pouco mais ruinzinha como mecanismo de proteção contra 'cachorro fraco', sabe? É uma boa estratégia, a veterinária aqui explica:
Sabe quando tem aqueles micro toys, chihuahuas ou pinschers xexelentos querendo pegar o teu calcanhar? esses são os piores, a mordida é dolorida e humilhante e ainda por cima só mordem pelas costas. Eles fingem e acham que são um rottweiller mas na real... não passam de micro cães 'peso pena' que nada podem. Então, se você se encolhe num canto, eles vem com tudo e tomam conta... avançam pra valer. A técnica é você parecer ruinzinha: bate o pé, enfrenta e dá uma rosnada de volta, fala um pouco mais firme e os xexelentos já se pelam de medo e se colocam no devido lugar.  Com 'bicho gente' também é assim: se você se encolhe o fraco toma conta, mas se fala um pouco mais firme ele já se "péla de medo e vaza da área".  Morro de pena desta espécie, pois o destino deles - na sua falta de humildade e espelho - é serem engolidos por um fortão ou serem engandos por um filé, afinal eles " se acham os valentões" - pobres cães egocêntricos... Senhor, tende piedade. Não se assustem se me verem rosnando por aí, não é nada pessoal... só estou expulsando os micro toys e afins da minha vida, pois já morderam demais meus calcanhares! Ficam com sua carinha de carente pedindo carinho e de uma hora para outra... nhac!


"O fraco jamais perdoa: o perdão é uma das características do forte."
Mahatma Gandhi

terça-feira, 26 de abril de 2011

Transparência

Aí vem o post mais megalomaníaco... vou falar de mim, mim, mim!
Hoje fui me resgatar do porão. Me encontrei no meio de caixas, poeira, escuro, entulho. Não sei por que, mas às vezes insisto em voltar ao porão... dura um tempo, mas acabo achando um jeito de sair.
Talvez muitos se identifiquem com o que vem por aí, mas tenho uma tendência excessivamente cuidadora. Não me contento em secar as lágrimas e alcançar o lenço, tenho que sofrer e chorar junto. Normalmente o que acontece é que o "ser cuidado" sente-se aliviado e segue o rumo enquanto eu "cuidadora"  fico com a "cráca" toda.
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Outro dia, estava conversando com um amigo próximo... daqueles homens rústicos (nãaa... tosco mesmo!) mas de coração bom. Eu tentei exaustivamente disfarçar, omitir... até que ele diz (e veja bem... para um homem perceber, sinal que a coisa já é escancarada e ainda por cima se ele for meio "tosco", aí então deve ser algo muuuuuito bandeiroso): "Você é transparente, mas tão transparente que enxergo tudo que está dentro do seu coração. Tenta disfarçar mas não consegue."
Me senti ridícula e tola... mas em seguida foi o efeito beliscão!
Hey! Essa sou eu, não preciso provar nada para ninguém. Sou arrojada com a vida, encaro absolutamente tudo que ela me propõe e ainda tenho projetos audaciosos... sem medo... bem... talvez com um pouco de medo, às vezes até pânico, sim: instinto de auto preservação! Mas o fato é que vivo dando a cara à tapa. Aprendi a perdoar, a não amargurar, não ser orgulhosa, a saber ouvir, a não esmoecer, a saber esperar, inclusive a me soltar e me permitir. Aliás, há quem me conheceu antes da fase solta e ainda se escandaliza... essa é a melhor parte! rsrsrs Por essas e outras, tenho o direito de ser "transparente", what the hell!!
Só tenho esse pequeno problema de entrega excessiva, mas graças a Deus, sempre tem uma boa alma que me belisca para me lembrar que EU SOU UM ESPETÁCULO! sabendo que o mercado tá cheinho de mulher disponível, mas como representante da classe me arrisco a dizer que BOAS mulheres BOAS são pouquíssimas por aí. Eu coloco a minha mão no fogo por uma meia dúzia, NO MÁXIMO.
Não preciso pedir atenção, carinho, mendigar absolutamente nada! Cutuco teu ombro uma, duas vezes, na terceira tem que vir com um buquê de flores e muito ziriguidum. Senão, baby... que pena!
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Tô saindo do porão... não garanto que não vá visita-lo mais algumas vezes nesta vida, mas garanto que sempre saio e aprendendo mais uma coisinha.
Vou limpar as crácas que não me pertencem... me acabar numa pista de corrida, fortalecer as pernas e colocar os demônios para fora numa aula de spinning, voltar a cantar enlouquecida no carro a caminho de casa, me acabar numa garrafa de espumante... enfim... gozar os instantes de liberdade pós clausura de porão.
Aí vai a trilha que me inspirou. " Lady Antebellum - I Run To You". Muita atenção na letra!!!

segunda-feira, 11 de abril de 2011

How to save a life

 "Em caso de despressurização, máscaras de oxigênio cairão automaticamente à sua frente. Coloque primeiro a sua e só então auxilie quem estiver ao seu lado. "

Em caso de afogamento, não se lance à água se não souber nadar muito bem.

A regra é clara!!! Não há como resgatar ninguém sem antes garantir sua estabilidade! Não é egoísmo, é auto sobrevivência para prevenir uma derrubada geral no efeito dominó.
É difícil! A tendência é nos lançarmos em alto mar e depois pensarmos em como salvar. Trancar a respiração enquanto quem amamos respira, depois dá-se um jeito para inflar os próprios pulmões novamente.
Não pode, não pode, não pode!!
Sem ar fico tonta, perco a oxigenação cerebral, o raciocínio fica lento... depois vem o medo, pânico. No pânico fico paralisada e aí FO_ _ U! Caio na anóxia total e nem consigo terminar de ajudar quem precisava. Me refiro a primeira pessoa, mas a lei é para todos... pura fisiologia. O que era para ser uma boa ação, vira uma catástrofe.
PERCEBE??
Ama de verdade? Verdade verdadeira?
Quer ajudar muito muito muito?
Sabe nadar muito bem? Olha... não adianta achar que sabe, tem que ter certeza! Cuidado com as fadigas, cãibras (... ou câimbras). Atleta de final de semana, nem pensar!
Sua máscara está bem colocada?
Caso SIM... GO AHEAD.
Em caso de dúvida, pare,  pense, estabilize e depois sim... GO AHEAD.
Muitas metáforas, né?
Nem tanto... tudo muito aplicável: salve-se em primeiro lugar para ter segurança de estender a mão sem tropeçar. Quer fornecer oxigênio vital? Esteja bem arejada e com ar puro nos pulmões para não sufocar ao invés de ajudar. Não é exímio nadador? procure alguém que saiba e pede que ajude a vítima do afogamento... é o único meio de evitar DOIS afogamentos!
Cá entre nós... existem mil formas de salvar uma vida, mas em nenhumas delas o ajudante está à beira do tombamento. Daí siga a letra da música "reze para que Deus ouça as preces dele(a)" e isso já será o bastante

sábado, 26 de março de 2011

Tudo que eu queria te dizer

Não há a menor pretensão de ser Martha Medeiros, mas o livro "Tudo que eu queria te dizer" tem a brilhante idéia de escrever crônicas no formato de cartas... o que deveria ser dito. O equilíbrio da hora de falar, hora de calar, hora de ouvir, hora de pedir colo e hora de dar colo. Estou em processo de busca deste equilíbrio, já comentei antes... é difícil calar e falar na hora certa. Assim como em post anterior aconselhei a fazer um "To Do List", hoje o exercício é fazer a carta com TUDO que queria dizer a alguém.
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Nunca entendi muito por que culpam o coração pelas dores do sentimento. Coração é órgão que bombeia sangue para nutrir os todos os tecidos do corpo, mas no decorrer do meu caminho experimentei a dor física no coração quando os alicerces dos sentimentos foram abalados. Vivi intensamente o processo de cura destas feridas, te digo que esta dor é como ciclo de doença viral... NADA do que faça pode abreviar a dor do coração, exatamente como um vírus, é recomendável repouso, caso contrário há fortes chances da recuperação se prolongar correndo riscos de recaídas. Neste caso, o melhor remédio é o resguardo!
Doeu muito, admito que ainda dói... de um jeito diferente, como cicatriz. Está lá para lembrar, não machuca mas serve de recordação.
Deixa doer, permita-se o melodrama, jogue-se temporariamente no escuro do buraco e só assim valorizará a luz. Quando chegar ao buraco, sofra mas confie que Deus secará tuas lágrimas e te trará algumas respostas.
Permita-se aprender a gostar de se jogar no sofá depois de um dia de trabalho, tomar um copo de vinho depois de um banho quente, ouvir uma música e ler um livro, converse com seus próprios pensamentos. Inicialmente, a solidão é assustadora, o silêncio perturba ao mesmo tempo que permite ouvir tua alma. Escuta atentamente o que tens a dizer a ti mesmo.  Percebe que estes momentos de aparente solidão te impedem de atropelar acontecimentos por ansiedade.
Depois disto, quando tua solidão e o silêncio não te apavorarem mais, perceberá as lições aprendidas e este será o antídoto para curar as dores do coração. Jogar o orgulho e as armaduras no lixo é uma experiência libertadora.
Receba colo de quem te ama e não esqueça de retribuir carinho, respeito e compreensão - Sábias palavras  da oração de São Francisco de Assis [...] Ó Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado; compreender que ser compreendido, amar, que ser amado. Pois é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado[...]. Isso ainda não é tudo que queria te dizer, mas no momento é tudo que precisa ouvir de mim.
Vai passar, vai passar, vai passar.

sábado, 12 de março de 2011

Mood do dia...

Ninguém é Mulher-Maravilha nos 365 dias do ano. Tem dias que você só tem vontade de ficar bem quietinha, ganhando um cafuné e ouvir que tudo vai ficar bem, dançar de rosto colado no meio da sala como se fosse uma retardada mega-romântica.
Pois bem... esta é a minha trilha do momento.



p.s: Só para não perder o hábito... o que É o vestido vermelho da Shania neste vídeo???  Que TUUDOOO, que invejaaaa!!! ;-)

terça-feira, 1 de março de 2011

Sobre o perdão.

Os últimos dias foram de intenso aprendizado. Mais do que aprendizado, repostas para muitas perguntas, colocar em prática o que sempre julguei a maneira correta de agir e de pensar. Uma experiência soberana e sagrada de colocar a teoria na prática. Vou repetir uma frase que uma amiga me disse certo dia... "o mais difícil na vida não é amar, é perdoar". Amor de verdade já é um objetivo raro de ser alcançado nos dias de hoje: muita intolerância, muito murro em ponta de faca. Sou abençoada por amar... não sabia amar, mas aprendi a amar e muito. Nem duvide pois esta é uma das minhas melhores virtudes: os anos me ensinaram a jogar fora todas as "firulas e penduricalhos" do amor.  Só amor... simplesmente amor e entrega.
Vou dizer uma coisa... achava que tinha coisas imperdoáveis e fui abençoada em descobrir que estava completamente equivocada. Tudo pode ser perdoado, e DEVE ser. Se não for para o bem do próximo, que seja pelo seu próprio bem, pela sua evolução. Mas te garanto que a sensação que o teu perdão fez bem ao próximo é indescritível... quase a leveza suficiente para levitar.
Hoje tenho poucas palavras e muitos sentimentos, maturidade e certezas.
Foi um curso intensivo de "perdoar as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido..." ministrado pelo Próprio Autor.
Valeu, Pai

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Comédia da Vida Privada

Vou dizer uma coisa, histórias hilárias precisam ser compartilhadas. Hoje foi dia de rir muito da desgraça alheia e preciso passar adiante! Prometi preservar a identidade das protagonistas, por isso vou chama-las de Tôindo e Jáfui. Tôindo e Jáfui são destemidas médicas veterinárias que estão aperfeiçoando-se na carreira profissional. Mensalmente aventuram-se em São Paulo em nome da boa qualificação profissional: Tôindo, como o nome diz é paciente... até demais... tem um parâmetro de velocidade para levar a vida beeeem mais devagar que o resto da humanidade, Jáfui por sua vez é ligada em 220V... tudo tem que ser para ontem. Uma amizade insólita, porém muito firme e duradoura. Jáfui solicitou para Tôindo que fizesse reservas num hotel para a ida do mês ao pós graduação. Não poderia ser diferente, Tôindo deixou para a última hora e possivelmente foi vítima das manhas e artemanhas do marketing na internet. Hotelzinho 4 estrelas (guardem esta informação, será importante adiante), preço bom... "RESOLVIDO, É PARA LÁ QUE VAMOS!"
Jáfui estava estressadérrima com a elaboração e apresentação de seminários, depois de um dia exaustivo de aulas, bateria do notebook zerada, sedenta por banho e mais uma série de estudos antes do dia de ser sabatinada. Jáfui puxa Tôindo e se debandam para seu Hotel 4 estrelas.
Chegam no local a noite e notam uma movimentação intensa para o horário. Tôindo é desencanada, sem malícia e pensa estar em meio a algum congresso, simposium... enfim... algum evento com reunião de profissionais de uma área ou empresa... Já podem começar a desconfiar que Tôindo não está totalmente errada. Jáfui é mais descolada, mais ligeira e já nota com estranheza e uma certa indignação que está prestes a entrar na maior enrascada dos últimos tempos. Ao chegarem na recepção são informadas que precisam aguardar 10 minutos para a liberação do quarto, não havia reserva pois a ocupação é feita por ordem de chegada... Como assim??? Que camareira arruma um quarto em 10 minutos???? Ordem de Chegada??? Huuuuummmmm, Jáfui começa a olhar para o pescoço de Tôindo com uma súbita vontade de pular em todas suas vértebras cervicais até esgana-la completamente. Tôindo em toda sua lentidão percebe que fez um "leve" equívoco e apesar de lenta não é burra começa perceber que seu lindo pescoço está na guilhotina.
Exaustas, estressadas, ambas confirmam suas suspeitas ao serem indagadas sobre a preferência pelo quarto de casal... olham o panorama em volta e percebem vários casais aguardando o quarto do "MHotel 4 estrelas" e começa o surto de Jáfui "aaaarrrgh, EU NÃO SOU SAPATÃO... QUERO QUARTO COM CAMAS SEPARADAS... ME NEGO A DORMIR COM ESTA LOUCA (leia-se Tôindo). Tôindo finalmente se dá conta que levou Jáfui para um Motel com Pinta de Hotel ... mas é 4 estrelas, viu? Tôindo fala manso e fica beeeeemmm quietinha para prevenir um olho roxo, uma mecha a menos de cabelo... o bom instinto de auto-preservação. Já passava das 23h, não restava nada além do que transformar o limão na limonada. Espera, espera, espera... sim pois tem que esperar "liberarem" o quarto. Perto da meia-noite entram no quarto... bem ajeitadinho, honesto... com uma boa banheira de hidromassagem e lá estão as duas com suas mochilas e malas para usufruirem de uma noite num Motel em São Paulo! Aaaah, eu queria ser uma mosquinha para ver esta cena. Jáfui no auge de sua indignação precisa de banho quente, cama e uma tomada para ligar seu notebook, fazer as últimas anotações há menos de 8horas da apresentação de seu seminário. Banho e cama garantidos, mas.... cadê a tomada?? Não há tomadas em quartos de Motel, alguém já viu se existe? Eu confesso que nunca reparei... mas há quem diga que não tem! Talvez por razões de segurança... vai saber... tem louco para tudo! Jáfui poderia esmagar os ossos de Tôindo com seu dedo minguinho neste momento. Tôindo sente sua vida em perigo, já quase enclausurada num canto do quarto para que nem seja vista por Jáfui que rosna feito cão raivoso. Nada mais pode ser feito, o que não tem remédio, remediado está... resta dormir, pedir ao São Medêumaluz que ajude no seminário e AMÉM. Dormiram 6h, uma em cada cama, e suas reputações apesar de levemente manchadas mantiveram sua orientações sexuais ilesas.
Lições do dia:
1. NUNCA deixe tudo para última hora.
2. São Paulo é uma cidade cheia de nomes diferentes para coisas insólitas. Abra o olho para Hotéis 4 estrelas que não necessitam de reserva.
3. NUNCA dê tarefas desta grandeza para Tôindo... sei que muitos não a conhecem, ou acham que não conhecem. Mas eu e Jáfui nos comprometemos em prevenir caso uma de nós fique sabendo da possibilidade de Tôindo inventar de reservar Hoteis novamente. A Punição dela será ter a identidade revelada!
4. Em caso de emergência, força na peruca, mantém o carão e encara a aventura!
5. Segundo pensamento de Tôindo, encare que... no mínimo, será uma boa aventura para contar aos filhos e netos! Humor tosco que quase custou a vida de Tôindo na fatídica noite.
6. Se mesmo assim você parar num destes "Hoteis"... pelo menos o banho na hidromassagem tá garantido!! Have Fun!

Aiai, conheço Tôindo há uns 15 anos e te digo... Ela é uma LENDA! Desafio alguém que consiga alimentar uma raiva por ela que dure mais do que 30 segundos.



quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

aaaah, o verão...

Sou movida a verão, a sol. Devo ter fotoperíodo positivo ou fazer fotossíntese. 
Não quer dizer que goste de me espraiar no sol, tomar aquele torrão: isto não me pertence! Vou à praia mediante um grande sombreiro e FPS 60. O inverno me deixa introspectiva, dramática, até meio chata... mas o verão... ah, esse sim... revela outra pessoa: mais bem humorada, alegre, solta... soltinha! E quando mais soltinha, sou mais feliz.
Nasci no Rio de Janeiro e sei lá eu por que, mas mesmo morando em Porto Alegre há mais de 25 anos, tem um chip de carioca que não me larga! Isso é bom, não estou reclamando! É o que me deixa menos séria, mais despojada. É o que me leva a fazer piada das armadilhas.
Sabe aquele listinha de "coisas a fazer pelo menos uma vez na vida"? Tudo agendado para o verão!! Nesta estação renovo todos os meus votos de felicidade para mim!
E por falar nisto... cá entre nós, mulheres... Vocês já fizeram esta listinha? tstststs... tem que fazer! Não precisa de obstinação em cumpri-la... mas faça sua lista, de vez em quando dá uma olhadinha, espia qual item tem mais vontade de realizar neste momento e tenta executar... depois é uma sensação muito boa de colocar o "OK" do lado. Tanta coisa que a gente julga bobagem mas na real... não é!!! É tão importante quanto o relatório do mês, o extrato bancário, a troca de óleo do motor do carro (ou seja lá do que for... cada um com seus problemas!!).
let's go dear...

  • Banho de mar a noite
  • Porre de tequila para te desnortear (o bom e velho efeito tequila!)
  • Ranchinho Bááaasico numa sex shop.
  • Ir num inferninho com bom humor (e sair dele ilesa... por favor... não estou sugerindo sarjeta para ninguém!)
  • Fazer um strip tease (se for para um gatão, maravilha! Senão que seja para o ursinho pimpão que você ganhou quando tinha 6 anos!)
  • Receber um strip tease (esse sim... precisa do gatão. Gostou, né?!!!)
  • Namoro a distância com muita imaginação.
  • Namoro de perto com muita imaginação.
  • Aula de Yoga
  • Desfilar no Carnaval do Rio no Sambódromo, chegando na apoteose!!
  • Sex on the beach 
  • Virar madrugada rindo com amigas, no maior papo calcinha que só mulher sabe como é.
  • Acordar na madrugada com aquela insônia e ir se refrescar na piscina de madrugada.
  • Viajar sozinha
  • Assistir um por de sol completo
  • Assistir um nascer de sol completo
  • Agradecer a Deus, por TUDO... é difícil, eu sei... mas uma vez na vida você deve agradecer por TUDO! E vê se depois de agradecer, cala a boca e não pede nada. Sem "mas", "se", "porém"... 
  • Andar descalça no campo.
  • Pintar um quadro.
  • Trocar o pneu do carro sem ajuda.
  • Preparar um jantar a luz de velas sem nenhuma data comemorativa... apenas com um SMS "a casa tá pegando fogo, vem para cá, AGORA!"
  • Degustar um vinho caríssimo.
  • Cozinhar um prato exótico
  • Ir num Saffari
  • Andar a camelo (de camelo ou num camelo??)
  • Aprender uma dança
  • Fazer uma tatuagem, mesmo que seja milimétrica.
  • Guerra de travesseiros

... e por aí vai....
Alguns itens estão na minha lista pessoal guardada a 7 chaves, alguns com o 'OK', outros AINDA não. Outros nem ouso mencionar ! sshhhh, segredo de Estado, perderia a graça - o efeito surpresa-  revela-lo!!!
Novos hábitos de me permitir.
Velhos hábitos de sorrir.

eu recomendo... mas aprecie com moderação!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Love and Other Drugs


Dica para começar e leitura... coloca para tocar o vídeo postado enquanto te conto a historinha.
Vi o trailer do filme "amor e outras drogas", esta música estava na trilha. Acionou o dispositivo de lembranças da época que INXS bombava na pista. O ano: 1992. Os anos 90 foram louquérrimos, e apesar das cafonices, foram deliciosos... Doces lembranças e momentos clássicos na minha adolescência. Fecho os olhos me lembro desta época... dançando com o namorado em festinhas de clube. Minha adolescência foi bem caretinha, pero no mucho... teve tudo que precisava ter. Acho que foi na medida: muita risada, muito choro, muitas aventuras, muitas descobertas. Dali originaram relações de amor e amizade presentes até os dias de hoje.
Tem gente que reclama da adolescência, mas a minha foi maravilhosa. Surfei - tenho testemunhas que já fui surfista de bodyboarding- nem duvide!, namorei (não muitos mas namorei muito), embebedei, caí, levantei, aprontei,apostei, ganhei, perdi, menti, levei bronca ... virei gente. Deus permita que eu permita que minha filha também faça tudo isto! Que em alguns momentos eu finja que acredite ... sabe como é! "Mãe, tô indo passar o findi com o namorado e mais uma galera na praia. Meninas numa casa, meninos na outra" ... ahãaa, sei.... então tá... te cuida, minha filha.... beijo, mamãe te ama e use camisinha!Possivelmente ela ouvirá "Beautiful Girl" do INXS se referindo a eles como o "som do tempo da minha coroa" assim como eu dizia quando ouvia Elvis e Beatles.