segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Medos tolos e coragens absurdas

Desde que me deparei com um abismo de dúvidas existenciais somadas a uma imensa vontade de largar vícios comportamentais resolvi iniciar a longa e interminável caminhada pelo universo da terapia. Quanto mais a gente mexe, mais descobre que tem muito mais a corrigir! Uma loucura sem fim... quase que literalmente!
Ficar bem resolvida com o passado é a chave mágica que abre a porta para as oportunidades do futuro e acredite... fica mais fácil focar no presente com uma simplicidade que julgávamos impossível aprender.. aaaaahh, é possível e necessário: se eu consigo, qualquer um também pode conseguir!
DESCOMPLICAR tem sido a minha palavra de ordem. Descomplico que tudo tenha que ser do meu jeito. Descomplico que todos devam pensar de forma simples como eu duramente tive que aprender a fazer. Descomplico que tudo tenha que ser prático e no meu tempo. Simples assim e sem drama! NÃO, a vida não tem manual de instruções e muito menos as pessoas vem com bula... uma atitude, nem sempre vai te dar ferramentas suficientes para um julgamento definitivo aplicável a qualquer um. Tenho uma fé enorme nas pessoas, acredito também que tenho um bom 'feeling' para ter uma boa avaliação com os 'olhos do coração', por isso gosto de dar crédito a quem gosto e quando bato o olho pensando "hum, pessoa de cara boa, boa alma". E antes que pensem, não acho que eu seja ingênua demais ou cheia de tolices românticas... quer dizer... ok... eu sou um pouco, mas gosto de ser assim, me sinto bem, com mais fé no ser humano e menos contaminada com as maldades dos tempos modernos!
Senso crítico em excesso e pouca maleabilidade denuncia falta de olhar a si próprio... melhor ignora-los! Tem gente rápida e tem gente que demora... fazer o que?! Já fui devagar demais, hoje tenho pressa e tento aprender a chegar no tempo certo.  Este texto de Arnaldo Jabor vem correndo pelas redes sociais e me identifiquei muito. O que realmente me agrada na vida e o que ainda me incomoda no próximo aparece muito objetivamente no texto.
Se o beijo bate... eu me jogo! E o ser humano NÃO é absoluto... cheio de dúvidas e medos. Meu medo de subir na balança é muito maior do que de enfrentar uma barata!
"Se a pessoa está com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não." e por aí vai...
Entendeu?? Então não julgue os medos alheios!!


Relacionamentos  (Arnaldo Jabor)
Sempre acho que namoro, casamento, romance, tem começo, meio e fim. Como tudo na vida.

Detesto quando escuto aquela conversa:
- Ah, terminei o namoro...
- Nossa, estavam juntos há tanto tempo...
- Cinco anos.... que pena... acabou...
- é... não deu certo...

Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou. E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.

Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam. Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro? E não temos esta coisa completa. Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama. Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel. Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador. Às vezes ela é malhada, mas não é sensível. Tudo nós não temos. Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele. Pele é um bicho traiçoeiro. Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia. E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona… Acho que o beijo é importante… E se o beijo bate… Se joga… Se não bate… Mais um Martini, por favor… E vá dar uma volta. Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra. O outro tem o direito de não te querer. Não lute, não ligue, não dê pití. Se a pessoa está com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não. Existe gente que precisa da ausência para querer a presença. O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta. Nada de drama. Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro, recessão de família? O legal é alguém que está com você por você. E vice versa. Não fique com alguém por dó também. Ou por medo da solidão. Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado. E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento. Tem gente que pula de um romance para o outro. Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia? Gostar dói. Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração. Faz parte. Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo. E nem sempre as coisas saem como você quer… A pior coisa é gente que tem medo de se envolver. Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta. Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível. Na vida e no amor, não temos garantias. E nem todo sexo bom é para namorar. Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar. Nem todo beijo é para romancear. Nem todo sexo bom é para descartar. Ou se apaixonar. Ou se culpar. Enfim… Quem disse que ser adulto é fácil?

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Quando chega a hora de dizer "passou".

Sou leitora das crônicas de Fabrício Carpinejar e considero que sua leitura tem uma alma tão feminina quanto muitas moçoilas por aí e que tem o dom de poetizar os sentimetos do que uma mulher vive, só que ele é homem! Believe it or not!!
Algumas frases soam como uma sentença das experiências pessoais, daí percebo a insignificância da minha história e que minhas dores não são únicas nem piores do que o resto da humanidade.  Através de uma crônica dele caiu a inspiração: "Um dia você se verá feliz por ter estado triste ... Um dia entenderá que o destino realmente faz sentido, e que a falta de sentido ainda era caminho. Um dia você perceberá a clara diferença entre orgulho e confiança, entre obsessão e paixão, entre fantasia e sonho."
Pense e reflita a respeito...
Lembrei de minha mãe, minhas amigas, minha terapeuta, e acho que até minha cachorra deve ter me dito isso entre um olhar e uma lambida enquanto deitava aos meus pés... "vai passar, tudo passa". No auge da dor e do sofrimento busquei todas as explicações e justificativas. Impossível enxergar, impossível seguir qualquer tipo de conselho, impossível qualquer esforço de acelerar o processo de dor. Muitas vezes me perguntando e rezando antes de dormir "quando que essa tempestade vai passar? por que eu?". Muita revolta quando ouvia que um dia iria rir do passado e até agradecer pelas tempestades e furacões.
Passou... um dia abri a janela e vi um amanhecer ensolarado com cheiro da chuva que deu trégua, grama molhada e orvalho. Acredite... os pulmões se enchem mais de ar, os olhos observam detalhes nunca percebidos, a coluna alivia-se do peso liberado. Paz e esperança é tudo que se sente.
Percorri um longo caminho para viver as palavras de Carpinejar e não teria absorvido os sentimentos impressos nas palavras dele se não tivesse trilhado essa experiência... muito mais longa do que eu desejava que fosse, mas felizmente eu consegui respeitar o meu tempo, meu único aliado simultaneamente sendo amigo da cura e inimigo da ansiedade.
Hoje sou feliz por ter estado triste, e é muito clara a diferença entre orgulho e confiança, a obsessão virou item do passado e o perdão virou palavra de ordem. Por tantas tempestades, meus pulmões tem fôlego para inspirar o presente. A visão está aguçada a ponto de perceber a perspicácia do destino e este tempo todo eu é que o subestimei... e muito! Sr. Destino e suas brincadeirinhas que nos surpreendem com belíssimas possibilidades bem ali do teu lado, um pouquinho mais na direita ou na esquerda, mas bem ao teu alcance.
Quando te disserem que vai passar pode ter chilique, mas tenha fé que realmente vai passar... Passa para todos. E sempre vai passar, mesmo quando acontecer de novo e de novo...
O tempo é a única variável, a superação é o denominador comum.

 

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Insanidade saudável

Sempre fui a amiga certinha: aquela menina educada que toda mãe gosta que seja amiga da sua filha. Ouvi e vi muito na minha adolescência frases e semblantes de tranquilidade quando uma amiga relatava à sua mãe que sairia comigo... "se está com a Vanessa, está em boa companhia!". É bom inspirar confiança, diria até que é confortável, mas acho que com o tempo, os caminhos percorridos me forçaram a cometer alguns atos de loucura. Loucuras momentâneas me mantém com os pés no chão e me geram experiências que me encorajam a cometer mais loucuras. Sair da zona de conforto é mais do que necessário para confrontar o que "realmente te faz feliz" (clichê título do blog!). É preciso coragem para eventualmente perder o juizo, ao contrário do que muitos pensam! Insanidade para uma miss certinha como eu requer anos de derrapadas e esfoladas até chegar numa loucura programada para meter a cara e ser feliz. Pensar é bom, mas pensar demais pode gerar a perda do "timing" da ocasião perfeita.
Fui verbalizar o primeiro palavrão depois dos 20 anos e só consegui falar aquele palavrão cabeludo e composto lá pelos 20 e muitos anos, o que causou espanto em quem estava comigo junto com a expressão "você não era assim"! Não é bonito, eu sei... mas as vezes pode ser libertador e terapeutico. Tomar aquele trago fenomenal, roubar um beijo, dar aquela bofetada no cara que te tirou do prumo... nada educado, nada meigo... mas às vezes nos leva a caminhos novos e  descobertas surpreendentes sobre nossa própria capacidade. 
Mas calma lá... Eu ainda continuo sendo a mesma "miss certinha" e politicamente correta, pela minha visão e pela opinião de quem me conhece bem. Aprendi que incorporar alguns atos insanos no cotidiano podem me fortalecer para cometer o verdadeiro Ato Insano: aquele que em algum momento da tua vida vai ser necessário para alavancar algum acontecimento inevitável e absurdamente desejável. Aquela loucura que te faz prender a respiração e subir aquele frio na espinha.
Como boa apreciadora de metáforas, lembro da carta do Louco no tarot... simboliza o homem se jogando num precipício. A loucura de não saber a altura do precipício ou no que vai amortecer sua queda (espinhos ou folhas). O Louco se joga sorrindo, por que independente do que irá encontrar, sua loucura o encorajou a buscar o que há além do precipício. Acho uma carta interessante por que indica novidades inesperadas e a necessidade de pisar em um terreno nunca antes pisado, a busca de novos caminhos sem garantias mas com otimismo, intuição e fé. Como deve ser...!!
A vida apronta com a gente, e muito! Surpreende, e muito! Exige loucura e coragem para usufruir de suas deliciosas armadilhas e precipícios.
Desejo a mim e a todos um pouco de insanidade saudável, um pouco de juizo desajuizado, alguns palavrões por dia e muita coragem nos desafios e nas surpresas que a vida oferece... afinal... quem é mesmo que paga suas contas? Você está com as vacinas em dia? Se a resposta é "Eu", e "SIM", respectivamente, está autorizado a cometer seus atos estilo crazy em prol de sua felicidade e bem estar mental!


sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Livre, Leve e Solta.

     E lá se foi 2012. Ano que começou tenso e com dilemas. Na brincadeira ou na seriedade que estaríamos ou não no fim do mundo, de acordo com um "mané" que simplesmente cansou a mão de fazer o calendário dia a dia para dali uns mil e tantos anos.
     Mas os encantos da possibilidade de um fim de mundo pairaram na vibe do ano. Uma vontade louca de não deixar nada para amanhã, uma urgência de resolver pendengas para curtir a vida e ser feliz.
     Não foi proposital, mas notei isso nas minhas resoluções e na vida de muitas pessoas próximas. Cada um tomando uma medida providencial que disparou uma série de acontecimentos muito modificadores rumo a libertação. Mas não é liberdade física já que essa já conquistamos há muito tempo, é muito mais fundo... é liberdade emocional e mais fundo ainda... liberdade de si próprio! Muitos me disseram que muita coisa aconteceu depois que cortei minhas longas madeixas. E foi verdade, mas o que não sabiam é que o corte de cabelo não gerou a mudança... e nem teria como! Mas foi o primeiro passo de muitos outros que seguiram, mudança interna que é tão profunda que reflete no externo! 
    Toda boa e definitiva mudança que se preze gera transtornos pelo desconforto da saída dos limites da zona de conforto. Falo por mim e com a certeza de que muitas pessoas próximas perceberam a mesmíssima transformação por motivos diferentes, porém todos convergindo numa grande metamorfose.
    Corte de amarras gera uma libertação que não tem preço. Inicialmente causa estranheza como cachorro quando solta a coleira e nem percebe que está livre, e quando percebe não sabe para onde ir. Demorei para perceber que a guia estava solta, depois demorei mais um tanto para escolher para onde ir. Hoje sinto-me livre de conceitos rígidos, além de limites concretos e com a confiança que a liberdade é tão preciosa que traz presentes nunca antes imagináveis. Dobrar a esquina sem saber o que virá é uma dádiva que a liberdade nos oferece, contemplar e agradecer o que o "dobrar a esquina" te traz chama-se leveza para conduzir os acontecimentos da vida.
     Livres e leves para dar boas vindas a novos tempos, solta após longo processo de metamorfose... Na metamorfose só se sabe que ocorrerá a transformação, há uma mágica entrega para o que tem que vir, custe o que custar,  receber e usufruir o novo molde de bom grado.
     Hoje tenho absoluta certeza que nada aconteceu como planejei. ABSOLUTAMENTE NADA! Mas quer saber? Mesmo assim tem sido uma surpresa, as vezes mais ou menos agradável, mas com abóboras se ajeitando com o andar da carroça. Muitas coisas espetaculares aconteceram e sei que a maioria veio após parar de esperar ou escolher o que ver no "dobrar de esquina".
É isso aí! Vindo o armagedon ou não,  como dizia o super viajandão Raul Seixas... o melhor é "ser uma metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo"

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Derrapagens

     Não consigo me cansar dessas interações nas redes sociais. Podem reclamar e criticar mas eu acho o máximo manter contato com pessoas que possivelmente eu jamais conseguiria manter até o dia em que não reconheceria ao cruzar na rua. Eu que fui muito quietinha pela maioria dos anos desta vida  quando estava em grupos com mais de 6 pessoas, hoje percebo nesta ferramenta uma excelente janela de interação e socialização.
     Outro dia vi uma postagem de uma colega de faculdade que bateu em cheio com a mesma experiência que eu estava passando. Ela descreveu em uma precisa palavra o que nós (mulheres) eventualmente vivenciamos: "DERRAPEI".  Eu adoro metáforas, acho um modo incrível de visualisar sentimentos e derrapagem é exatamente o que nós mulheres solteiras (disponíveis, na prateleira, available, na batalha, na pista, em busca de..., etc) eventualmente passamos até chegar na meta atingida.
    E o que seria uma derrapagem,  afinal de contas? Em relação aos automotivos significa a instabilidade na pista trafegada podendo ou não gerar um acidente. Depende do estados dos pneus e da destreza do motorista. Quem nunca derrapou feio nos caminhos do coração, com ou sem capotagens? hein, hein, hein???
    Apesar de estar "na pista" há algum tempo (odeio esse termo mas casou com o assunto), faz muito pouco que comecei a tirar proveito da condição! Pela minha índole e criação (si... las culpas de las madres!) fiquei acuada com medo de exposição e mágoas. Ultimamente tenho permitido algumas derrapadas mas com muito medo de capotar novamente, por isso dirijo com cautela ou pelo menos tento.
     Pois é, mulherada... cada bofe constitui uma ou mais pistas: pista escorregadia (tem de montão), pista instável (vixi, nem se fala!), pista estável mas tediosa e previsível (ninguém merece!), pista desconhecida (M E D O), pista esburacada (de tráfego intenso, entende?), pista estreita (sem comentários...), pista grande (também não vou comentar!), pista em aclive constante (gasta muita gasolina), pista em declive constante (sempre com o freio acionado), e por aí vai... Não existe pista boa ou ruim, existe o momento e o acontecimento. Se casar de estarmos sempre com o pneu certo para encarar a pista certa, maravilha! Mas as vezes a gente se destrai e pode derrapar, por desconhecimento ou por excesso de confiança.
Assim como no trânsito, nos assuntos "cardíacos" há de se ter diariamente a mesma cautela, pois o excesso de confiança certamente leva aos piores enganos e acidentes. Derrapagens fatais e capotagens que desalinham a estrutura forever.
 
Por isso, meninas... se dirigir não beba!
Canja de galinha, prudência e BOA VIAGEM!!

sábado, 6 de outubro de 2012

Pacote completo

     Enfim, voltando a respirar e olhar o céu azul! SAÍ DA CLAUSURA... Foram meses completamente imersa na densa malha de um final de doutorado, mas tudo termina um dia e mais uma etapa se concluiu. Título na mão, ciclo finalizado!
A partir do dia 27 de setembro de 2012 me tornei doutora phD em Ciências... mas não foi só um título, foi uma bagagem que soltei na vida pessoal. Só me faz perceber que a vida é um entremeio com muitos emaranhados. Dizer não ou dizer sim para um fato isolado reflete em uma forte reação em cadeia... efeito dominó. Concluir um ciclo profissional levou a conclusão de mil coisinhas ou coisONAs  que estavam penduradas no cabide... ciclos embutidos e interligados como uma corrente! A gente não escolhe, simplesmente ACONTECE! Como abrir uma janela: não escolhemos o que queremos enxergar ou não, simplesmente está lá. Hoje sou doutora e uma grande questionadora de oportunidades, mas veja bem... antes eu era daquelas que colocava a mão no queixo e perguntava "SERÁ?", hoje o enfoque e a metodologia mudaram e isso tem feito toda a diferença, hoje prefiro perguntar "POR QUE NÃO?".
NADA vem com garantia nessa vida e tenho segurança em afirmar que NADICA de NADA vem com garantia... nem aquela TV LCD chiquéeerrima tem, pois se acontecer pane e você não garantir que não fez nada de errado com ela, a fábrica retira sua garantia! IMAGINA em fatos da nossa vidinha!
Absolutamente tudo que eu achava ser garantido já se foram pelo ralo: conceitos, preconceitos, crenças, sonhos, desejos... Mas tô na boa! Mordo a língua e admito. Só tenho que perder o cacuete de dizer "Eu jamais faria ou iria ...", pois é justamente ali que quebro a cara na próxima esquina.
Só sei que tudo acaba bem, do jeito que tem que ser... só deixar a vida sorrir pra você e estar atenta aos "sinais" ... não no sentido holístico, mas em relação a prestar atenção no seu coração.
    Nos últimos meses levei dois tombões fenomenais (não é metáfora, foram reais) que me custaram um joelho ralado daqueles de pirralha que cai no areião, quando estava quase cicatrizando caí no mesmo joelho que imediatamente levantou outro ´tampão´... aaarrrghhh! Dói muito e não pude evitar o tombo, mas foi O SINAL! Sinal que posso caminhar e caminhar traz o risco de cair, mas nem por isso vou deixar de caminhar, certo?    
     Ah, sim... caí por que estava num saltinho ´básico´ de 10cm, não sei se levaria o mesmo tombo se estivesse de sapatilhas, mas eu gosto dos meus saltões e não abro mão deles. O joelho está cicatrizado e eu sigo caminhando, usando salto alto.
     A vida oferece riscos, desafios e novos percursos, SEM NENHUMA GARANTIA DE SUCESSO. Nem as surpresas mais sólidas irão te garantir prosperidade eterna... a gente é que põe essas caraminholas matemáticas na cabeça. Então, baby... BE HAPPY, pergunte-se mais "por que não?",  e quando vier aquele fantasminha te perguntando "mas e se você se machucar?" responda firmemente "eu sei que vai cicatrizar!!"... apele para os santos, reza braba, costura na boca do sapo... mas não deixe de lutar, de arriscar.
     A propósito, é um post autobiográfico SIM! Este é um momento de muita alegria, incógnitas e felicidade. Estou feliz, mas ansiosa, feliz, mas sem garantias, feliz, mas metendo a cara a tapa, feliz, mas rezando para não ´ralar o joelho´, feliz e VIVA... vivinha da silva! Percorrendo novos caminhos em novos mapas, sem saber onde vai parar, mas sem a menor vontade de retroceder!!  ;)

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Limpeza do Copo

Enfim, o primeiro post de 2012! O ano não virou, foi virando desde meados do ano passado e talvez continue virando nos próximos meses.
Desejei menos e andei agradecendo mais.
Agradeci pelas últimas constatações, pelos véus que sairam da frente dos meus olhos. Tudo trouxe novas cores e novos ares. Isso já é motivo de bom tamanho para o agradecimento.
Quando os véus caem, a vida recebe uma nova "demão" de tinta. 
     Surpeendentemente, a caída de véus mostra tudo, até o que você achava que estava em ordem. O pacote é completo!
     Quando os véus caem, é possível olhar todos os ângulos e sentidos: dentro, fora, atrás, lados, frente. No início assusta, depois pensamos "mas como...?", a seguir é hora de estabelecer a escolha da nova cor.
     Decidi que com a queda dos véus, a cor do momento é a cor LIMPA! Não será rosa, não será azul, nem branco ou preto... serão todas as cores desde que sejam LIMPAS!
    Tal qual um copo ou balde sujo. Enquanto não  lava, nem adianta colocar nada ali por que "pega o encardido" do recipiente sujo.
    Lavei meu copo e meu balde para não correr o risco de encardir ou manchar o que possa vir a receber na sequência. Lavar o recipiente é a cura das ilusões e desilusões.
Imagina suas ilusões como um copo manchado de rosa... rosa simboliza você fazendo de conta numa situação exigindo uma decisão e você lá... cheia de ´panos quentes´ para disfraçar a realidade nua e crua. Enquanto não lavar o copo, tudo que vier a seguir estará manchadinho de rosa... pipocado com pinceladas de ´panos quentes e empurradas com barriga'. Lavei meu copo para que a próxima cor seja REAL e sem manchas do passado.
     Imagina o contrário... Uma fase negra e barrenta na sua vida. Se não lavar o copo, o ROSA, o AZUL, o LILÁS ou BRANCO irão ficar impregandos de NEGROS ou  sujos BARRENTOS... deixa de ter a beleza e a luz da cor original.
    Estou calmíssima lavando o meu copo para receber todas as cores necessárias. Designada a recebe-las e se for PRETO, que seja o PRETO verdadeiro... não adianta pintar bolinhas rosas... lavarei o copo para receber um radiante AMARELO ou o estimulante VERMELHO.
     Sentimentos reais com toda clareza e sinceridade que nós merecemos só serão identificados se meu copo estiver como cristal transparente e limpo.
     Tenho me sntido especialmente feliz pelo simples fato de ter me dedicado a escovar e cuidar do meu copo. Cabe a cada um encontrar a forma de limpar seu próprio copo... e por favor, não designe esta limpeza a NINGUÉM: cada um é responsável pelo seu próprio copo. Uma organizada no corpo, mente e um banho de mar ou cachoeira... descubra a sua metodologia.
     Até os meus momentos mais difíceis ficam mais fáceis de serem superados por que não tem sujeira acumulada, percebe!!??
Assim eu sou, assim funciona meu copo e meu coRpo.